quarta-feira, 9 de março de 2011

EVANGELIZAÇÃO NA PERSPECTIVA DA IPU

                                  
Desde a sua fundação, em Atibaia,SP, no dia 10 de setembro de 1978, a Igreja Presbiteriana Unida do Brasil tem refletido  sobre a sua  prática de Evangelização,. vinculando-a com o seu conceito de Missão. 1°) Para a IPU, fazer Missão é fazer presente o Reino de Deus na realidade humana integral, como foi a prática evangelística de Jesus, descrita nos Evangelhos;” percorria Jesus...pregando do Evangelho do Reino” (MT 4, 23) Essa também foi a prática da Igreja de Tessalônica, que  foi acusada pelos que se opunham  a Paulo, a Silas e aos primeiros cristãos daquela cidade: “Estes que têm alvoroçado o mundo chegaram também aqui...afirmando ser Jesus outro Rei.”(At 17, 6,7) A principal ênfase à Evangelização é apresentar o Reino de Deus aos indivíduos, às famílias, às cidades e ao mundo. Assim foi o primeiro sermão evangelístico de Jesus. (Mr 1,15) A IPU percebeu que a ênfase dada à prática da evangelização como a “salvação da alma” não é a ênfase do Evangelho, que inclui o ser humano total e a sua realidade. Em segundo lugar, o conceito de Evangelização da IPU é: 2º) Fazer Missão é transmitir o “AGAPEtrinitário isto é, o Amor do Pai, do Filho e  Espírito Santo, por isso Jesus, quando evangelizava, além de pregar, “ensinava... e curava “toda  sorte  de doenças e enfermidades entre o povo.” Evangelizar é cumprir o propósito principal da Igreja Cristã que é incrementar entre todos os seres humanos a prática do “amor a Deus sobre todas as coisas e ao teu próximo como a si mesmo.” (Mr 12,32)  Evangelizar é uma prática de amor e não pode ter, como alvo o crescimento numérico da Igreja local, nem o aumento da renda e do prestígio social estatístico da Denominação. 3°) Fazer Missão é promover a Unidade, como Cristo planejou em sua Oração  Sacerdotal)Jo17, 21-26) a fim de que todos os seguidores de Cristo sejam “aperfeiçoados  na unidade.” Como o Espírito Santo fez no dia de Pentecostes, quando reuniu pessoas vindas “de todas as nações debaixo do céu”, (At 2,5) para ouvirem as mensagens evangelísticas dos Apóstolos de Jesus, que eram ouvidas e entendidas em uma língua só. Foi o milagre da Unidade. E foi formada a 1ª Igreja “una, santa e apostólica”. . Evangelizar não é produzir divisão entre os que crêem, não é fazer proselitismo para tirar pessoas de outras Igrejas para se tornarem membros de nossas Igrejas, como se a nossa Igreja fosse a única e  a perfeita. Nós estamos aqui no Brasil com o objetivo de convidar todos os brasileiros  para aceitarem o “outro Rei, Jesus” e pautarem as suas vidas pelas diretrizes do Reino de Deus. Alguns membros de nossas Igrejas ainda entendem que não é possível ser ecumênico, ou defender a Unidade e Evangelizar porque essa prática seria contraditória. Eles entendem assim porque só entendem Evangelização como Proselitismo, isto é, tirar pessoas de outras Igrejas.  . Mas desde 1968 temos uma nova compreensão  sobre as populações da América Latina e principalmente do Brasil, porque na Assembléia do CELAM(Conferência Episcopal Latino Americana} , em Medellín, na Colômbia, os bispos católicos romanos do Brasil declaram que “falta à maioria de nossa população uma adesão pessoal ao Cristo, com todos as sua implicações individuais e sociais”,  e mostraram a importância da Evangelização. Para nós, das Igrejas evangélicas isso deve ser uma palavra de alerta que mostra que a no obra de Evangelização devemos incluir os nossos lares, os nossos parentes, os nossos vizinhos, o nosso bairro porque vamos encontrar muitas pessoas que não fizeram ainda a sua “adesão pessoal ao Cristo” dos Evangelhos.

Rev João Dias de Araújo (joaodiasaraujo@uol.com.br)

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